Soneto de Verão
As palavras dançam na minha cabeça,
tal como as ondas vêm e vão
Umas enformam, outras não
tão logo eu as diga e as esqueça.
Palavras, palavras soltas,
perdidas, sem eira nem beira
são como as vagas revoltas
quando se perdem na areia.
Reajo. Seria um desperdício não usar
numa qualquer composição
o som das ondas do mar.
O som das ondas que vêm e vão
como uma canção de embalar
ou um simples soneto de Verão.
Euridice Cristo
(Olhão)
Fotografia - Praia do Castelejo (Vila do Bispo), de Eurídice Cristo