69 Poemas de Amor
Escultura e dança: o meu corpo
No chão do teu corpo: um combate
Contra a morte. Quando sou escultura,
Danças. Quando, em sossego, me acolhes,
Respiro. Depois hesito, murmuro e caio
No abismo. Silêncio. Súbito
Um sismo. És tu quem se desfaz
Enquanto em teus vasos me derramo.
O caos em movimento.
Cavalgas uma onda.
Mergulho numa fenda.
Casimiro de Brito, em "69 Poemas de Amor", 2008,
(Loulé - Algarve, 14 de janeiro de 1938)
No chão do teu corpo: um combate
Contra a morte. Quando sou escultura,
Danças. Quando, em sossego, me acolhes,
Respiro. Depois hesito, murmuro e caio
No abismo. Silêncio. Súbito
Um sismo. És tu quem se desfaz
Enquanto em teus vasos me derramo.
O caos em movimento.
Cavalgas uma onda.
Mergulho numa fenda.
Casimiro de Brito, em "69 Poemas de Amor", 2008,
(Loulé - Algarve, 14 de janeiro de 1938)