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RUMO AO SUL

RUMO AO SUL

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Fui um dia à tua horta,
Pisí a salsa sem querer;
Mas regando-a bem regada,
Ela tronou a crescer
(Mina de S. Domingos)

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Vai-te, carta, feliz carta,
Triste de quem a notou.
Com lágrimas te escreveu,
Com suspiros te fechou.
(Mértola)

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Tudo no mundo se prende,
Dele não há que fugir.
Eu sinto-me presa a ti.
E nã dei pr’àdonde hê-de’ir
(Mértola)
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Todas as Marias são
Doces como o caramelo.
Eu, como guloso sou,
Uma Maria é que eu quero.
(Beja; Amaraleja; Vila Nova da Baronia; Ervidel; e Mina de S. Domingos)

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Todo o homem que embarca,
Deve rezar uma vez.
Quando vai p’rá guerra, duas,
E, quando se casa, três.
(Mértola)

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Tenho carta no correio,
A letra de quem será?
S’é de Manuel nã’na quero,
S’é de João deita-a cá.
(Mina de S. Domingos)


Quadras em, "Subsídio para o Cancioneiro Popular do Baixo Alentejo" - Manuel Joaquim Delgado – Com. Rec. Notas – Instituto Nacional de Investigação Científica Lx. – Editorial império 2ª Ed. 1980

Arte - Simão César Dórdio Gomes. - Museu José Malhoa