A voz da guitarra
Juntei-me à voz da guitarra
Por ser mais que verdadeira
Provei que eu própria era
Feita de sua madeira.
Viemos da mesma árvore
Talhadas do mesmo jeito
Guitarra tem as minhas formas
Eu tenho o seu próprio peito
Estão em mim as suas cordas
E até a mão de quem toca
É carne da minha carne
Falando da minha boca
Lídia Jorge
(18 de junho de 1946, Boliqueime)
Provei que eu própria era
Feita de sua madeira.
Viemos da mesma árvore
Talhadas do mesmo jeito
Guitarra tem as minhas formas
Eu tenho o seu próprio peito
Estão em mim as suas cordas
E até a mão de quem toca
É carne da minha carne
Falando da minha boca
Lídia Jorge
(18 de junho de 1946, Boliqueime)