Alentejo, debruado a Arraiolos
Na dourada planície alentejana
Onde o sol penetra e em tudo teima
A falta de água mísera e insana
Quebra a vontade abate e queima
Nessa imensa e dourada pradaria
O vento de suão seca a cortiça
Leva consigo, numa lenta agonia,
O suor, a que chamam de preguiça.
Mas o Alentejo é belo e majestoso
Quem o ama chama-lhe de formoso
Quem parte volta, nunca diz adeus
Por isso há sempre vozes em coro
Canto alentejano em vez de choro
A alma alentejana tem força de Deus
Rogério Martins Simões
Fotografia - Alentejo por João P. Santos