Baía do Porto Covo
Frente a ti, baía de Porto Covo
Sonhei talvez tudo o que tenho agora
Por isso te contemplo e me comovo
Sempre voltarei, pela vida fora
Na tua frente não, não me demovo
De me extasiar com a Natureza
Em ti explode e transcende de novo
O encanto da infinita beleza
Diz-me se ainda existe a fontezinha
Que me matava a sede ao sol pôr
Aí por mero acaso ou sorte minha
Alguém me saciou sede de amor
Com tuas águas transparentes, puras
Para mim foste a confidente única...
Este poema eivado de canduras
É para ti, ó baía mediúnica.
Maria Vitória Afonso, em "Contos e vivências do sudoeste alentejano"
(através de Raúl Alvito)
Fotografia - Costa Alentejana.Porto Côvo por Bruno Palma