Beja (Manuel Alegre)
Outros terão talvez outro esplendor.
A cidade de Beja é mais discreta.
Sua beleza é interior
como de página secreta.
Em Beja não vereis o arrebique,
a sua escrita é mais sem ornamento.
Estética de recato, Poesia que
vem de dentro.
Onde outras serão excesso Beja é pouco
mais de sombra que sol é seu circuito.
Procurai no recanto e no reboco
vereis então que Beja é muito.
Eugénio de Andrade, em "Alentejo não tem sombra" (Antologia de Poesia Moderna sobre o Alentejo, Edições ASA)
Fotografia - Arco e muralha. Rua das portas de Beja, por Bruno Palma Fotografía
A cidade de Beja é mais discreta.
Sua beleza é interior
como de página secreta.
Em Beja não vereis o arrebique,
a sua escrita é mais sem ornamento.
Estética de recato, Poesia que
vem de dentro.
Onde outras serão excesso Beja é pouco
mais de sombra que sol é seu circuito.
Procurai no recanto e no reboco
vereis então que Beja é muito.
Eugénio de Andrade, em "Alentejo não tem sombra" (Antologia de Poesia Moderna sobre o Alentejo, Edições ASA)
Fotografia - Arco e muralha. Rua das portas de Beja, por Bruno Palma Fotografía