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RUMO AO SUL

RUMO AO SUL

Como Brel

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Como Brel
cavaleiro da canção
de voz magoada e terna
marinheiro
da insubmissão

montarei
o meu Rocinante
vago e velho veleiro
de cavername sofrido
velame gasto, puído

e

zarparei
por esse Sul adiante
na viagem dos presságios
marcada no calendário pacífico
de todos os naufrágios.

(C'est le dernier temps
d'une valse a deux temps)


Miguel Afonso Andersen, em "Canto Dúplice"

Fotografia do Algar Seco (Algarve) retirada do Google