Como um sol...
Como um sol, serena como um voo...
Toda a minha tristeza se embala num regaço;
Verdade das verdades pois que não sei quem sou
Mentira das mentiras; pois que não sei que o faço.
Soberba, como a luz, tristonha como o pranto,
Toda a minha alegria oscila num batel.
Ó fingidor de mim, actor de outro papel.
Ó confessor da alma que, no silêncio, canto.
Soberba, como a terra que, ao Sul, se espraia ao mar,
Dramática tragédia de não saber de mim...
Onde termina o oceano, onde é, da terra, o fim...
Que tudo existe, em mim, em mim, no meu olhar.
Manuel Neto dos Santos, em "PASSIONÁRIO" (a publicar)
(Alcantarilha)
Fotografia - Vitor Pina - Alvor\ Portimão
Toda a minha tristeza se embala num regaço;
Verdade das verdades pois que não sei quem sou
Mentira das mentiras; pois que não sei que o faço.
Soberba, como a luz, tristonha como o pranto,
Toda a minha alegria oscila num batel.
Ó fingidor de mim, actor de outro papel.
Ó confessor da alma que, no silêncio, canto.
Soberba, como a terra que, ao Sul, se espraia ao mar,
Dramática tragédia de não saber de mim...
Onde termina o oceano, onde é, da terra, o fim...
Que tudo existe, em mim, em mim, no meu olhar.
Manuel Neto dos Santos, em "PASSIONÁRIO" (a publicar)
(Alcantarilha)
Fotografia - Vitor Pina - Alvor\ Portimão