Há tempos que não sinto ...
Há tempos que não sinto o sangue pelas veias,
O latejar do espanto pelos versos desavindos
Nem, pela voz, registos dos timbres, dos mais lindos
Com que, poesia, a alma submissa me encandeias.
Há muito que não moro nesse castelo altivo,
Na barbacã dourada, vizinha dos barrancos
Nem ouço, dos riachos, suspiros dos mais francos...
Há tempos que aparento mas, afinal, não vivo.
Há tempos não sentia, tal como sinto agora,
A lassidão dos versos... pela horas moribundas.
Eu penso- te, poesia, e ao chegar inundas
Meu peito de alegria como quem, rindo, chora.
Manuel Neto dos Santos, em "PASSIONÁRIO" (a publicar)
(Alcantarilha)
Fotografia de Pedro Cabeçadas (porta da cidade velha em Faro)
O latejar do espanto pelos versos desavindos
Nem, pela voz, registos dos timbres, dos mais lindos
Com que, poesia, a alma submissa me encandeias.
Há muito que não moro nesse castelo altivo,
Na barbacã dourada, vizinha dos barrancos
Nem ouço, dos riachos, suspiros dos mais francos...
Há tempos que aparento mas, afinal, não vivo.
Há tempos não sentia, tal como sinto agora,
A lassidão dos versos... pela horas moribundas.
Eu penso- te, poesia, e ao chegar inundas
Meu peito de alegria como quem, rindo, chora.
Manuel Neto dos Santos, em "PASSIONÁRIO" (a publicar)
(Alcantarilha)
Fotografia de Pedro Cabeçadas (porta da cidade velha em Faro)