Manhãs do meu Algarve
Manhãs do meu Algarve, auroras grandiosas,
Abrindo pelo Céu girândolas de cores,
Feitas de seda e oiro e mármores e rosas,
Acordando de manso as sonolentas flores!
V`luptuosas manhãs triunfais e supremas,
Em que o ar não tem mancha, a luz não tem algemas!
João Lúcio, O Meu Algarve, 1905
(Olhão, 4 de julho de 1880 - 26 de outubro de 1918)