Meus poemas são gaivotas
Meus poemas são gaivotas
Que partem p'ró infinito...
Em terra soltam o grito
Vão para terras remotas
Nessas paragens ignotas
Elas vagueiam no espaço
Anseiam por outras rotas
Onde não lhe dão abraço
Gaivotas! Voam ligeiras
Sois breves mensageiras
Para além do mar distante!
E quando à Terra regressam
Dão uma nota diferente...
Mensagens de além mar...
No espaço de voar...
Gaivotas à beira mar
Dessas paragens remotas
Que esqueceram as rotas!
Meus poemas são gaivotas
No espaço de voar
Tão voláteis como elas
Descrevem rotas mais belas...
Hão-de sempre regressar!
Maria José Fraqueza (Fuzeta)
Fotografia de Jorge Florêncio (Senhora da Rocha)