O Amor
O amor, o melhor companheiro da morte,
tal como o sol é o melhor companheiro do mar.
E todos eles se encontram e discentram
para de novo regressarem à unidade perfeita
— sagrada, incansável, múltipla — da mãe,
do sexo da mulher.
Do começo de todos os mitos.
Do nascimento da arte e da ciência
e da sensibilidade tão extrema que tudo
— o mundo em volta —
a transforma no mais variado arco-íris.
Ou apenas vai iniciar-se,
terrível e cheia de bonomia.
O homem nasce, a mulher reproduz
e tudo em volta é um silêncio
que canta.
Casimiro de Brito, do livro "Dois corpos nus, despindo-se".
Fotografia - Diamantino Inácio
(Faro)
tal como o sol é o melhor companheiro do mar.
E todos eles se encontram e discentram
para de novo regressarem à unidade perfeita
— sagrada, incansável, múltipla — da mãe,
do sexo da mulher.
Do começo de todos os mitos.
Do nascimento da arte e da ciência
e da sensibilidade tão extrema que tudo
— o mundo em volta —
a transforma no mais variado arco-íris.
Ou apenas vai iniciar-se,
terrível e cheia de bonomia.
O homem nasce, a mulher reproduz
e tudo em volta é um silêncio
que canta.
Casimiro de Brito, do livro "Dois corpos nus, despindo-se".
Fotografia - Diamantino Inácio
(Faro)