O meu poema,
Um corpo aberto, como os animais:
Um potro que galopa a terra e o pó,
A ave que se estende para voar.
O meu poema, assim, é como o mar
Que, ao babar-se, pela praia mete dó…
Mas pincela, a dourado, os areais.
Manuel Neto dos Santos, do livro "Sulino"
Fotografia da Praia de Faro por Diamantino Inácio