O silêncio
O silêncio é agora a minha fala.
Escrevo-o nas linhas rasgadas a céu aberto
com um archote de palavras
da chama ténue, quase ausente.
De pena e aparo em riste
como o dardo curvo e breve
do que sente,
silencioso e triste
o poeta não se ilude.
Ele é a própria ilusão,
do que em silêncio escreve.
Miguel Afonso Andersen, em "Mar de Dentro"
(Portimão)
Fotografia - Ria Formosa por Martyna Mazurek fotografia
Escrevo-o nas linhas rasgadas a céu aberto
com um archote de palavras
da chama ténue, quase ausente.
De pena e aparo em riste
como o dardo curvo e breve
do que sente,
silencioso e triste
o poeta não se ilude.
Ele é a própria ilusão,
do que em silêncio escreve.
Miguel Afonso Andersen, em "Mar de Dentro"
(Portimão)
Fotografia - Ria Formosa por Martyna Mazurek fotografia